"A comemoração do 50ª aniversário da Revolução Cubana é momento de júbilo para todos os revolucionários, para todos aqueles que pensam em dias melhores como uma esperança para a humanidade, para os pobres de nossa América, do mundo, para os trabalhadores, para os desamparados, para os homens de ciência voltados para a humanidade. É um momento em que se reforçam nossas esperanças na capacidade de imaginar o futuro e construí-lo no presente, porque mais que uma utopia, mais que um desejo, mais que um sonho, a Revolução Cubana é uma realidade, que ao longo desses 50 anos tem servido de espelho para os povos da América, para essa massa de seres humanos que anseiam por dias melhores e um futuro digno."
P.I. Bvilla
Dezembro de 2009
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
O conflito e genocídio de Ruanda: desconsertando a perspectiva hegeliana
"(...) A história do mundo não é o teatro da felicidade; os períodos de felicidade são páginas em branco, porque são períodos de harmonia (...)"
"A África não tem história".
HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. A Razão na História: Introdução à Filosofia da História Universal. Lisboa: Edições 70, 1995.
De fato, Hegel declarava-se o primogênito da razão universal. No entanto, a idéia de universalidade na produção hegeliana será posta em relevo por uma análise consistente. Grifemos da citação os termos: "teatro da felicidade", "páginas em branco" e "períodos de harmonia".
A vastidão do continente africano e suas inúmeras produções sócio-culturais não encontra-se no bojo da universalidade hegeliana. A extensão territorial deste "palco teatral" hegeliano reserva-se a estupidez e ao cinismo do "filho da Razão".
Neste presente exame, "o palco teatral" apresenta a peça chamada "Genocídio de Ruanda", protagonizada por autores tutsis e hutus, incluindo a participação de coadjuvantes da ONU, e direção da tutela belga.
No que diz respeito ao enredo do espetáculo, o público dispensa o típico saudosismo para prostar-se diante de inigualável horror. Decerto, este público não definiu-o como "teatro da felicidade". Porém, nunca foi perceptível a insólitas "páginas em branco". Quem é este público? o século XXI.
Hegel pertenceu ao mesmo solo dos belgas inflamados pela consciência vil, que por sua vez, realçou praticamente a "ausência de história na África".
"Ora! (instou a direção belga) então daremos uma história à eles. Construir-la-emos com nossos nobres e dignos anseios, pois é o que promovemos com maior destreza e esmero: disseminar a civilização e a razão, nunca antes vislumbrada pelas bestas desamparadas..."
E a História oferecida pela direção belga não proporcionou a "felicidade" para o seu público universal? Evidentemente! lembremos que o "universal" hegeliano não abarca a área dos atores principais: Ruanda e toda África.
A peça logrou um sucesso inestimável! sucesso este confirmado pelo público "universal" que divertiu-se com explosivas gargalhadas e ovações. Por fim, agradou-os satisfatoriamente.
E qual seria a razão do sucesso e satisfação do público "universal"? a "felicidade" proporcionada pela direção belga. Mas seria possível encontrar alguma "página em branco" num espetáculo certamente impecável? obviamente que não, pois a dedicada direção belga abusou de sua astúcia ao preenchê-las minuciosamente, cena por cena:
1. Assassinato do presidente Halyasimana;
2. Reação do Poder Hutu;
3. Massacres de tutsis na capital Kigali;
4. Aproximadamente 8oo mil corpos jazidos.
o grand finalé contagiou o público com o fechamento das cortinas acompanhada da "harmonia" hegeliana...
"(...) A história do mundo não é o teatro da felicidade; os períodos de felicidade são páginas em branco, porque são períodos de harmonia (...)"
"A África não tem história".
HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. A Razão na História: Introdução à Filosofia da História Universal. Lisboa: Edições 70, 1995.
De fato, Hegel declarava-se o primogênito da razão universal. No entanto, a idéia de universalidade na produção hegeliana será posta em relevo por uma análise consistente. Grifemos da citação os termos: "teatro da felicidade", "páginas em branco" e "períodos de harmonia".
A vastidão do continente africano e suas inúmeras produções sócio-culturais não encontra-se no bojo da universalidade hegeliana. A extensão territorial deste "palco teatral" hegeliano reserva-se a estupidez e ao cinismo do "filho da Razão".
Neste presente exame, "o palco teatral" apresenta a peça chamada "Genocídio de Ruanda", protagonizada por autores tutsis e hutus, incluindo a participação de coadjuvantes da ONU, e direção da tutela belga.
No que diz respeito ao enredo do espetáculo, o público dispensa o típico saudosismo para prostar-se diante de inigualável horror. Decerto, este público não definiu-o como "teatro da felicidade". Porém, nunca foi perceptível a insólitas "páginas em branco". Quem é este público? o século XXI.
Hegel pertenceu ao mesmo solo dos belgas inflamados pela consciência vil, que por sua vez, realçou praticamente a "ausência de história na África".
"Ora! (instou a direção belga) então daremos uma história à eles. Construir-la-emos com nossos nobres e dignos anseios, pois é o que promovemos com maior destreza e esmero: disseminar a civilização e a razão, nunca antes vislumbrada pelas bestas desamparadas..."
E a História oferecida pela direção belga não proporcionou a "felicidade" para o seu público universal? Evidentemente! lembremos que o "universal" hegeliano não abarca a área dos atores principais: Ruanda e toda África.
A peça logrou um sucesso inestimável! sucesso este confirmado pelo público "universal" que divertiu-se com explosivas gargalhadas e ovações. Por fim, agradou-os satisfatoriamente.
E qual seria a razão do sucesso e satisfação do público "universal"? a "felicidade" proporcionada pela direção belga. Mas seria possível encontrar alguma "página em branco" num espetáculo certamente impecável? obviamente que não, pois a dedicada direção belga abusou de sua astúcia ao preenchê-las minuciosamente, cena por cena:
1. Assassinato do presidente Halyasimana;
2. Reação do Poder Hutu;
3. Massacres de tutsis na capital Kigali;
4. Aproximadamente 8oo mil corpos jazidos.
o grand finalé contagiou o público com o fechamento das cortinas acompanhada da "harmonia" hegeliana...
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Três questões ensaiadas: a objetividade do capitalismo
Gostaria de chamar a atenção, à nível sumário e através de três singelas reflexões, para a objetividade das mazelas (no entanto, reparáveis) que o capitalismo nos denota, independentemente da dinamicidade do fio que o conduziu para os maios diversos cantos do planeta:
"Marx salientou: 'o trabalho é a essência do homem'. Portanto, o capital ao minar sua alienação no sistema produtivo, atrofia a existência dos sujeitos que o compõem, e torna o homem a escória de sua própria natureza, estirpando-lhe sua condição de denominar-se homem, ser vivo portador de sua essência." (2007).
"A única concórdia natural entre os homens nesta e em qualquer sociedade, é a garantia essencial dos meios materiais necessários para sustentar sua sobrevivência. No entanto, a única discórdia latente nesta e em qualquer sociedade capitalista, é a imprevisibilidade e alienação desta garantia." (2007).
"No seio da produção capitalista, o homem visto unilateralmente com mesquinharia, satisfaz as necessidades alheias. Numa sociedade de produção socialista, este mesmo homem, já tendo sua força emancipada, produz sua própria satisfação. Em suma, no modo capitalista de produção é imprescindível que o homem satisfaça outro homem e nos meios de produção socializados o homem satisfaz a si mesmo." (2007).
"Marx salientou: 'o trabalho é a essência do homem'. Portanto, o capital ao minar sua alienação no sistema produtivo, atrofia a existência dos sujeitos que o compõem, e torna o homem a escória de sua própria natureza, estirpando-lhe sua condição de denominar-se homem, ser vivo portador de sua essência." (2007).
"A única concórdia natural entre os homens nesta e em qualquer sociedade, é a garantia essencial dos meios materiais necessários para sustentar sua sobrevivência. No entanto, a única discórdia latente nesta e em qualquer sociedade capitalista, é a imprevisibilidade e alienação desta garantia." (2007).
"No seio da produção capitalista, o homem visto unilateralmente com mesquinharia, satisfaz as necessidades alheias. Numa sociedade de produção socialista, este mesmo homem, já tendo sua força emancipada, produz sua própria satisfação. Em suma, no modo capitalista de produção é imprescindível que o homem satisfaça outro homem e nos meios de produção socializados o homem satisfaz a si mesmo." (2007).
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